O que significa ser parte da Pastoral da Música

Ser parte de uma Pastoral: um serviço à Igreja e à comunidade

    Ser parte de uma pastoral significa responder a um chamado de Deus para servir à Igreja e à comunidade. 

    Uma pastoral é uma equipe ou grupo de fiéis que se dedica a uma missão específica dentro da Igreja, seja na evangelização, catequese, ação social ou liturgia. Quando nos comprometemos a integrar uma pastoral, assumimos um papel ativo na construção do Reino de Deus, oferecendo nossos dons e talentos para o bem comum.

    Esse serviço não é apenas uma responsabilidade, mas também uma oportunidade de crescimento espiritual. Ao nos engajarmos em uma pastoral, somos desafiados a viver os valores do Evangelho de forma mais intensa, trabalhando em equipe, promovendo o bem, a fé, e o amor entre os membros da Igreja. Além disso, estamos seguindo o exemplo de Cristo, que veio ao mundo “não para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28).


Ser parte da Pastoral da Música: um chamado à oração e ao serviço

    Especificamente, ser parte da Pastoral da Música significa entender que a música tem um papel especial na liturgia e na evangelização. 

    A música litúrgica é um meio de expressar a fé e elevar a alma a Deus. Como ensina o documento da Igreja, Sacrosanctum Concilium, “a música sacra é mais santa na medida em que está intimamente ligada à ação litúrgica” (SC 112).

    Os membros da Pastoral da Música são chamados a servir à liturgia através de seus dons musicais, mas também a se dedicarem à oração, à preparação e ao testemunho de vida cristã

    Nossa missão não se limita a ensaios e apresentações, mas exige uma disposição interior de ser um canal de graça para a comunidade. A música que oferecemos deve surgir de um coração que busca viver em união com Deus e com os irmãos.


Responsabilidades de cada membro no grupo e individualmente

    Cada membro da Pastoral da Música tem um papel importante dentro do grupo e na sua vida pessoal. 

    No grupo, somos chamados a viver a fraternidade, a cooperação e a unidade. O apóstolo Paulo nos lembra que “há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (1Cor 12,4-5). Dentro do grupo, isso significa que, embora cada um tenha talentos diferentes, todos somos igualmente importantes para a missão.

    Além do trabalho coletivo, há também responsabilidades individuais, como a dedicação pessoal ao estudo da música e da liturgia. É importante que cada membro busque se aprimorar musical e espiritualmente para poder servir melhor. Assim como o dízimo é uma forma de doação concreta, o tempo que dedicamos ao aperfeiçoamento musical e à oração é um investimento que fazemos para a qualidade da liturgia.


Ser exemplo para o povo: nosso testemunho e atitude

    Os membros da Pastoral da Música são também exemplos de fé para a comunidade. Nossa atitude diante da celebração, nossa disposição em servir e nosso comportamento no dia a dia são testemunhos que podem inspirar outros a se aproximarem mais de Deus.

    Quando estamos diante do altar ou conduzindo o canto da assembleia, estamos diante de Deus e de toda a comunidade. É nossa responsabilidade fazer isso com reverência, humildade e devoção, sabendo que, por meio de nossa música, estamos ajudando as pessoas a entrarem em comunhão com o mistério divino. Esse serviço exige não apenas talento, mas uma postura de servidão e de oração, lembrando sempre que estamos a serviço do Senhor.

    Além disso, nossa vida fora da igreja também deve refletir nossa fé. Como servos do altar, somos chamados a viver de maneira coerente com o que cantamos e tocamos, sendo testemunhas do amor de Deus em nossa família, no trabalho e na sociedade. Nosso testemunho é um reflexo da nossa fé e do nosso compromisso com a missão que recebemos.


O desafio e a recompensa de servir na Pastoral da Música

    Servir na Pastoral da Música exige compromisso, disciplina e perseverança. Às vezes, pode ser cansativo, mas a recompensa é imensa. Ver a comunidade cantando em uníssono, sentindo a presença de Deus através da música, é um sinal claro de que estamos cumprindo nossa missão. E mais do que isso, estamos também crescendo em santidade, pois, ao doar nossos dons, estamos seguindo o caminho de Cristo.

    O Papa Bento XVI, grande amante da música sacra, nos ensinou que a música na liturgia deve elevar a alma ao mistério divino e nos conduzir à contemplação de Deus. Assim, todo o esforço, ensaio e dedicação que colocamos nesse ministério é uma forma de adorar a Deus com tudo o que somos e fazemos.


Para lembrar

  • Ser parte de uma pastoral é um chamado para servir a Deus e à comunidade, oferecendo nossos dons e talentos para a construção do Reino de Deus.
  • A Pastoral da Música não é apenas sobre cantar ou tocar, mas sobre ajudar a comunidade a elevar sua alma a Deus através da música.
  • Cada membro tem responsabilidades individuais e coletivas, tanto no grupo quanto na sua preparação pessoal, buscando sempre crescer musicalmente e espiritualmente.
  • Somos exemplos para a comunidade, e nosso testemunho de vida deve refletir o compromisso com a fé e a missão que recebemos.
  • A música na liturgia é um meio de oração e adoração, e servir nesse ministério é uma oportunidade de crescer em santidade e proximidade com Deus.



Referências:

  • Concílio Vaticano II. Sacrosanctum Concilium (1963), n. 112.
  • Papa Bento XVI. Alocuções sobre Música Sacra.
  • 1 Coríntios 12, 4-5: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo...”.
  • Mateus 20, 28: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir".

 

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