Vida dos Santos - São Clodoaldo

Tendo o jovem Clodoaldo, neto do rei Clóvis e de Santa Clotilde, sído poupado na chacina praticada por seus dois tios contra seus dois irmãos, cortou os cabelos com as próprias mãos e, renunciando ao mundo, foi procurar São Severino, que morava nas imediações de Paris, fechado numa cela, e dele recebeu o hábito religioso. 

Praticou todas as austeridades da vida monástica e deu aos mosteiros e às igrejas tudo quanto lhe restava, ou que recebeu como herança depois de ter-se reconciliado com seus tios. Em seguida, para evitar louvores e viver ignorado dos homens, foi à Provença, onde permaneceu longamente e operou vários milagres. 

Regressou a Paris e foi recebido com muita alegria; a rogo do povo, o bispo Eusébio, ordenou-o sacerdote em 561, pouco mais ou menos. Enfim, São Cloud, pois é assim que chamamos Clodoaldo, construiu um mosteiro num lugar chamado Nogent, a duas léguas abaixo de Paris, sobre o Sena, onde terminou santamente seus dias cerca do ano 560. 

O mosteiro foi, depois, transformado em igreja colegial e a aldeia de Nogent, que tomou o nome de São Cloud, é agora residência real; apenas o seu nome relembra, ao mesmo tempo, tudo quanto a política oferece de mais bárbaro, o morticínio dos dois jovens por seus tios, e tudo quanto a religião oferece de mais consolador para os aflitos, a felicidade, na pobreza voluntária, do terceiro jovem, que deu à terra o primeiro santo da raça dos reis francos e seu primeiro protetor no céu.



 Texto extraído de: Vida dos Santos, Padre Rohrbacher


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