Observações Litúrgicas - Pontos importantes

 1. Conhecer a liturgia: "A celebração eucaristica é frutuosa quando os sacerdotes e os responsáveis pela pastoral litúrgica se esforçam para dar a conhecer os livros litúrgicos em vigor e as respectivas normas, pondo em destaque as riquezas estupendas da Instrução Geral do Missal Romano e da Instrução das Leituras da Missa" (SCa 40)

2. A finalidade da música sacra: "é a glória de Deus e a santificação dos fieis" (SC 112)

3. A importância da música sacra: "É um direito da comunidade de fieis que, sobretudo na celebração dominical, haja uma música sacra adequada e idônea" (RS 57). "Na arte da celebração, ocupa lugar de destaque o canto litúrgico" (SCa 42).

4. A importância do ministério de música: "Entre os fieis, exerce sua função litúrgica o grupo dos cantores ou coral. Cabe-lhe exercutar as partes que lhe são próprias, conforme os diversos gêneros de cantos e promover a ativa participação dos fieis no canto" (IGMR 103).

5. A função do ministério de música na liturgia: compete aos cantores e instrumentistas apenas sustentar o canto para a assembleia cantar. Compete-lhes também animar e motivas a assembleia para o canto. "É conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de dirigir e sustentar o canto do povo. Na falta da schola (ministério de música), compete-lhe dirigir os diversos cânticos, fazendo o povo participar na parte que lhe corresponde" (IGMR 104).

6. A escolha dos músicos para servirem em Missas solenes (domingos e festas): "Sempre que possa fazer-se uma seleção de pessoa para a ação litúrgica que se celebra com canto, convém dar preferência àquelas que são mais competentes musicalmente, sobretudo se se trata de ações litúrgicas mais solenes ou daquelas que exigem um canto mais difícil ou são transmitidas pela rádio ou pela televisão" (MS 8).

7. O que é um canto litúrgico: é o canto cujo texto e melodia tiveram como fonte inspiradora a Sagrada Escritura  e a Tradição da Igreja. Dentro da Missa, é o canto que, além de observar a inspiração da Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja, obedece à fórmula litúrgica de cada momento da liturgia. Por exemplo: a letra do canto do Glória deve ser cantada assim como é rezada, sem nenhuma alteração. O mesmo se aplica às melodias e às suas execuções, devendo-se evitar melodias profanas ou que venham ferir, macular, atrapalhar a dignidade do mistério que se está celebrando na liturgia (SC 121, IGMR 366).

8. Buscar formação litúrgica: "Sagrada litugia, porque ela é a primeira e necessária fonte onde os fieis podem beber o espírito genuinamente cristão; por isso, os pastores de almas empenhar-se-ão diligentemente em fomentá-la em toda a sua atividade pastoral, com uma pedagogia adequada" (SC 14).

"Nós vos exortamos urgentemente, irmãos, a que promovais as iniciativas que ão ao povo um mais profundo conhecimento de sagrada liturgia, de modo que ele possa mais adequada e mais facilmente participar dos ritos divinos, com disposição verdadeiramente cristã" (MD 171).

9. A primazia do canto gregoriano: "A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; por isso, em igualdade de circunstâncias, terá o primeiro lugar nas ações litúrgicas" (SC 116). 

"Deve promover-se, antes de mais nada, o estudo e a prática do canto gregoriano, já que, pelas suas qualidades próprias, continua a ser uma base de grande valor para o cultivo da música sagrada" (MS 52).

10. É proibido trocar a letra dos cantos: há uma proibição explícita de se substituir o texto do hino do Glória, Santo e Cordeiro por outro texto qualquer (IGMR 53, 366).

11. Não se devem tocar músicas rápidas ou animadas no ato penitencial: "Assim, no ato penitencial e após o convite à oração, cada fiel se recolhe interiormente" (IGMR 45). É um momento de contrição, recolhimento interior, arrependimento e pedido de perdão. Não é o momento de agitar-se. 

12. O Glória: "O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congragada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto desse hino por outro. É iniciado pela sacerdote ou, se for oportuno, por um cantor, ou pela schola, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo laternando com a schola, ou ainda só pela schola. Se não é cantado, é recitado ou por todos em conjunto, ou por dois coros alternadamente" (IGMR 53).

13. Função do salmista: "Compete ao salmista problamar o salmo ou outro cântico bíblico colocado entre as leituras. Para bem exercer a sua função, é necessário que o salmista saiba salmodiar e tenha boa pronúncia e dicção" (IGMR 102).

14. O canto de comunhão: o canto começa quando o sacerdote comunda, prolongando-se, oportunamente, enquanto os fieis recebem o corpo de Cristo. Não se pode cantar qualquer canto nesse momento tão sublime. Haja o cuidado para que também os cantores possam comungar com facilidade. Tradicionalemnte, e por boa experiência, em nossa comunidade, os músicos comungam antes de começarem a executar o canto de comunhão.

15. Tempo de duração das músicas na Missa: deve-se estar atento em cada momento da Missa onde há cantos, a fim de que a música não ultrapasse o momento ritual: "Não é lícito, por motivo do canto, fazer esperar o sacerdote no altar mais tempo do que exige a cerimônia litúrgica" (TLS 22). É importante que a música nunca acabe no meio da estrofe, mas ao final do coro (refrâo), demonstrando, assim, que aquele momento, aquela ação litúrgica está completa e não ficou inacabada.

16. Critério para escolha das músicas: "Tenham em conta as exigências da comunidade cristã, mais do que o critério e o gosto pessoais dos artistas" (MLB 256). "Na escolha do gênero de música sacra, tanto para o grupo de cantores como para o povo, deve-se levar em conta a capacidade dos que devem cantar" (MS 9).

17. Trajes dos músicos: "os músicos, cantores e ouvintes comportem-se e estejam trajados de modo a manifestarem a gravidade que convém inteiramente ao lugar sagrado" (ISCR 55f)

18. A participação piedosa dos músicos na Missa: "A Missa, por sua natureza, requer que todos os seus assistentes dela participem conforme o modo que lhes é próprio."

Essa participação antes de tudo deve ser interna, efetivamente exercida pela piedosa atenção do espírito e pelos afetos do coração, por meio dos quais os fieis se unem estreitamente ao Sumo Sacerdote (Jesus) e em união com Ele ofereçam o sacrifício e se santifiquem.

Obtém-se a perfeita participação ativa quando há também a participação sacramental, pela qual os fieis comungam não apenas espiritualmente, mas também pela recepção do sacramento da Eucaristia. (ISCR 22).

19. Importância da formação: "Os compositores e os cantores, principalmente as crianças, devem receber também uma verdadeira educação litúrgica" (SC 115).





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